Governança corporativa é um tema essencial para todos os modelos de negócio, principalmente com a pauta das práticas ESG. O termo diz respeito às práticas que buscam viabilizar um empreendimento de modo a garantir que ele siga normas legislativas e mantenha um bom relacionamento com sócios, colaboradores e clientes por meio da eficiência na divulgação de informações.
As atividades de governança devem estar pautadas nos valores da organização e auxiliam gestores em seus processos decisivos.
Além disso, é por meio delas que será possível manter a integridade da imagem da empresa e oferecer um ambiente de trabalho igualitário a todos os envolvidos.
O conceito é pautado por questões como equidade, prestação de contas, transparência e responsabilidade. Entretanto, para ajudar líderes no momento de desenvolver novas estratégias, surgiram também os chamados 8 Ps da governança que visam promover ações mais assertivas em relação aos pilares que permeiam o termo.
O que são os 8 Ps da governança corporativa?
Os 8 Ps são diretrizes que podem ser encontradas em todas as estratégias de governança corporativa. Eles foram desenvolvidos pelos professores José Paschoal Rosetti e Adriana Solé com o intuito de permitir que os gestores criem planejamentos mais bem direcionados em torno do conceito.
Compreender cada um desses Ps pode auxiliar empresas e profissionais a delimitarem os objetivos de seus negócios e assim otimizarem as suas práticas internas. Esses oito termos são:
1 - A propriedade
Trata-se da diretriz que analisa toda a estrutura que compõe um negócio, desde seu capital até a constituição de seus colaboradores. A propriedade do empreendimento em si deve pautar as estratégias iniciais de governança corporativa e o papel da empresa na sociedade.
2 - Os princípios
Falar dos princípios é abordar os pilares éticos da organização. É esperado que todos os envolvidos em uma organização atuem seguindo boas regras morais, mas isso também deve ser uma obrigação do próprio negócio.
A empresa deve agir com justiça, divulgar seus resultados para todos os interessados e manter uma comunicação ativa com a sociedade. A elaboração de suas diretrizes éticas é vista como uma obrigação de qualquer empreendimento.
3 - Os propósitos
Os propósitos estão ligados à missão e objetivos de um negócio em si. Para compreendê-los com nitidez, é necessário primeiramente definir as outras duas diretrizes anteriores. Desse modo, é possível saber o que leva a organização a se desenvolver. Também é esperado que seja indicado como o empreendimento beneficia a sociedade ao seu redor.
4 - Papéis internos
Essa diretriz está relacionada às funções internas de cada colaborador. Todos os envolvidos devem ter seus papéis bem delimitados e seus objetivos operacionais definidos para agir bem e com eficiência em suas áreas. Isso abrange desde os líderes da organização, como os indivíduos que se encontram em cargos menores.
5 - O poder
Na governança corporativa, a autoridade na empresa deve ser exercida com ética e justiça. Não devem ocorrer abusos de poder e os administradores precisam tratar com respeito todos os colaboradores. Desse modo é possível criar um ambiente produtivo, pacífico e preservar a imagem do negócio.
6 - As práticas
A empresa deve primar pelas boas práticas internas. Todos devem realizar suas funções da melhor forma possível e colaborar para o crescimento do negócio. Além disso, é esperado que as práticas deem origem a dados que podem ser analisados, mensurados e, por vezes, divulgados a todas as partes interessadas.
7 - Pessoas
Essa diretriz diz respeito mais especificamente ao capital humano da empresa. Por mais que ele já tenha sido considerado em pontos anteriores, é necessário revisar constantemente como é realizada a gestão de relacionamento com os colaboradores.
O ideal é criar uma cultura organizacional forte, que seja adotada pelos indivíduos, mas que também dialogue com os propósitos de quem contribui para a evolução do negócio. As pessoas são, de fato, a força que movimenta o empreendimento e devem ser tratadas com respeito e ética.
8 - Perpetuidade
Trata-se da missão principal de qualquer empresa: manter-se ativa por um longo tempo, gerando crescimento a seus colaboradores e promovendo o desenvolvimento social. Esse objetivo só pode ser alcançado quando há um bom planejamento a curto, médio e longo prazo para a estratégia de negócio.
Quais os benefícios dos 8 Ps?
O foco principal dos 8 Ps é servir como um material guia para a construção de uma governança corporativa mais eficiente. Entre os benefícios de conhecer essas diretrizes, pode-se citar:
- Implementação de ações de governança corporativa com maior facilidade;
- Aplicação de objetivos alinhados com os interesses dos stakeholders;
- Capacidade de mensuração de dados com exatidão;
- Otimização do desenvolvimento de planejamentos;
- Diminuição de conflitos internos.
Mesmo empresas que já possuem uma política de governança podem rever seus objetivos e propósitos com base nos 8 Ps para assim se tornarem ainda mais eficientes no assunto.
Outras formas de melhorar processos de governança corporativa
Vale dizer que conhecer os 8 Ps não é a única maneira de otimizar os processos de governança corporativa de uma empresa. Gestores devem investir na capacitação de seus colaboradores em torno desse tema para promover a criação de ações internas cada vez mais eficazes.
Neste momento, a Fênix Educação busca auxiliar lideranças preocupadas com essa questão. O curso Introdução em ESG foi desenvolvido para líderes e outras partes interessadas nessa questão a compreenderem todos os passos para a construção de estratégias cada vez melhores.
Buscar uma qualificação como essa pode ser uma ótima forma de contribuir para a otimização de ações de governança, ESG e compliance em qualquer ambiente empresarial.
