Cresce o reconhecimento do papel transformador das mulheres no ESG, diante do cenário atual, no qual as práticas Ambiental, Social e de Governança têm moldado o futuro dos negócios. Por isso mesmo, investidores, consumidores e colaboradores estão valorizando tais iniciativas, na busca por um mundo mais justo, responsável e equitativo.
Por exemplo, segundo um estudo da MSCI, a diversidade importa cada vez mais. Empresas com maior diversidade de gênero em seus conselhos tendem a apresentar melhores indicadores de sustentabilidade. Essa correlação não é coincidência: a liderança feminina impulsiona decisões mais éticas, inovadoras e socialmente responsáveis.
Sumário
A importância das mulheres no ESG
O empoderamento feminino em posições estratégicas traz uma perspectiva única e multifacetada para a agenda ESG. As mulheres, em geral, demonstram uma maior tendência à colaboração, à escuta e à empatia, características essenciais para lidar com a complexidade dos desafios sociais e ambientais.
Papel no pilar ambiental (E)
O pilar ambiental, ou “E” do ESG, se beneficia imensamente da visão feminina. A liderança feminina em ESG frequentemente demonstra uma maior sensibilidade e proatividade em relação a questões como mudanças climáticas, uso de recursos naturais e práticas sustentáveis. Elas tendem a buscar soluções inovadoras e de longo prazo, enxergando a sustentabilidade não apenas como um custo, mas como uma oportunidade de negócio.
- Inovação e resiliência: mulheres em cargos de gestão ambiental frequentemente lideram a implementação de tecnologias verdes e estratégias de economia circular.
- Gestão de riscos: um estudo feito por pesquisadores da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da FGV-EAESP, mostrou que empresas lideradas por mulheres têm melhor desempenho social e ambiental.
Papel no pilar social (S)
O pilar social, ou “S” do ESG, é onde a presença feminina mais se destaca. Esse pilar trata de relações com funcionários, clientes, comunidades e direitos humanos.
Uma pesquisa publicada pela ONU revela a vontade das mulheres em defender direitos que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que integram o ESG.
Mulheres líderes tendem a priorizar a equidade, a justiça social e a criação de uma cultura organizacional mais inclusiva.
- Promoção de equidade e inclusão: elas são fundamentais para impulsionar programas de diversidade e inclusão, garantindo que as empresas sejam ambientes justos para todos.
- Bem-estar e direitos humanos: mulheres que lideram em ESG tendem a ser mais atentas a questões de saúde mental, assédio e direitos trabalhistas, garantindo que as empresas operem de forma ética e humana.
Papel no pilar de governança (G)
A governança corporativa, o “G” do ESG, é a base que sustenta os demais pilares. Em 2025, foi sancionada uma nova lei que exige 30% de mulheres em conselhos de administração. O motivo disso não é a simples defesa de uma bandeira, mas o fato de que a presença feminina em conselhos de administração e em cargos de alta liderança está ligada a uma governança mais ética e transparente.
- Maior transparência: conforme citado anteriormente, estudos mostram que a diversidade importa cada vez mais. Conselhos com maior diversidade de gênero são mais propensos a ter uma comunicação clara e transparente com os stakeholders.
- Gestão de riscos e ética: a diversidade de pensamento, trazida pela diversidade de gênero em ESG, mitiga o “pensamento de grupo” e resulta em decisões mais robustas e menos arriscadas.
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Mulheres que são referência em ESG
Muitas mulheres já estão transformando o cenário de negócios com sua atuação no ESG. Conheça algumas delas, que são exemplos inspiradores de liderança e impacto.
Rachel Maia
Viviane Elias Moreira
Luiza Helena Trajano
Como aumentar a representatividade feminina nas empresas

Aumentar a presença de mulheres no ESG e em cargos de liderança não acontece por acaso; exige uma estratégia intencional. Empresas que entendem o valor dessa diversidade estão implementando políticas e programas para impulsionar a inclusão.
- Definir metas e políticas claras: estabelecer cotas ou metas de representatividade feminina em conselhos e lideranças.
- Criar programas de mentoria e desenvolvimento: oferecer mentorias e capacitação para que mulheres desenvolvam as habilidades necessárias para assumir posições de liderança. O Nubank, por exemplo, quer ter 50% dos cargos de gestão ocupados por mulheres até 2025
- Implementar políticas de equidade salarial: garantir que mulheres e homens recebam remuneração igual para funções iguais.
- Promover a flexibilidade e o apoio à maternidade: políticas de trabalho flexível, licença-maternidade estendida e creches corporativas são essenciais para que as mulheres possam conciliar carreira e família, sem abrir mão de seu crescimento profissional.
Benefícios da diversidade de gênero no ESG
Investir em mulheres no ESG e em outras áreas da liderança não é apenas o certo a se fazer, mas uma decisão estratégica inteligente. Os benefícios são tangíveis e se refletem em diferentes aspectos do negócio.
- Melhor performance financeira: Segundo pesquisas, empresas com maior diversidade têm 33% mais probabilidade de ter um desempenho financeiro superior.
- Maior resiliência e inovação: Pessoas diversas geram ideias, visões e experiências diversas. A pluralidade de perspectivas ajuda a identificar riscos e oportunidades que poderiam ser ignorados em ambientes homogêneos, resultando em soluções mais criativas e sustentáveis.
- Aumento da reputação e do valor de marca: Os consumidores se preocupam com a sustentabilidade, assim como investidores e talentos, que valorizam cada vez mais empresas que demonstram um compromisso genuíno com a diversidade e a sustentabilidade. A presença feminina em cargos de liderança fortalece a imagem da marca e atrai mais lucros, bem como os melhores profissionais.
Conclusão
A agenda ESG e a ascensão da liderança feminina caminham de mãos dadas. O olhar mais holístico e colaborativo das mulheres é essencial para enfrentar os desafios complexos do nosso tempo e construir empresas que não apenas prosperam, mas que também contribuem positivamente para a sociedade e para o planeta. Investir em mulheres no ESG é um investimento no futuro dos negócios.
Para as empresas, ampliar a representatividade feminina significa abrir as portas para um crescimento mais sustentável e ético. Para as mulheres, é a oportunidade de liderar a transformação e deixar um legado de impacto. O futuro dos negócios será, sem dúvida, mais justo, equitativo e inovador com mais mulheres nas mesas de decisão.
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